O LIVRO AMARELO

Ouvimos dizer que um cidadão se tem deslocado à Casa do Povo para pagar as suas contribuições à Segurança Social.

Tem acontecido que o tal cidadão parece que não tem sido recebido com simpatia pela Senhora Aida, simplesmente porque a tem obrigado a fazer-lhe o troco.

Azar do cidadão que, com tanto trabalho que tem dado à Senhora Aida, a leva a recebê-lo sem qualquer simpatia. Será só pelo trabalho que dá a calcular o troco e a procurar as moedas para fazê-lo?

Disseram-nos que isso aconteceu várias vezes. Da última vez estava lá uma outra contribuinte que assistiu ao atendimento e que, ficando indignada, incentivou o pedido do LIVRO AMARELO, existente em todos os serviços públicos e que tem de estar disponivel para qualquer cidadão poder fazer  reclamações.

Pedido o LIVRO AMARELO para fazer a reclamação, a funcionária Senhora Aida disse que o chefe não estava como se fosse necessário estar o chefe para o LIVRO AMARELO estar disponível para os cidadãos.

Depois terá dito que o LIVRO AMARELO estava fechado num armário, mas como estava perante uma situação incómoda terá telefonado para a Câmara para falar com o marido, mas, pelo que  se sabe, ele não é o chefe. Já foi e agora é Presidente da Câmara. O que é que ele tem a ver com o LIVRO AMARELO? Ou continua a ter a ver com o LIVRO AMARELO  e com outros assuntos? Há funcionamento em rede entre a Casa do Povo  e o Presidente da Câmara?

Pelo que nos disseram, não foi possivel fazer a reclamação naquele dia porque o LIVRO AMARELO estava fechado no armário. Ninguém tinha a chave?

 

Terá sido feita, depois, a reclamação?

Tenha ou não tenha, aqui fica um exemplo como um serviço não deve funcionar quando não pode ser um obstáculo ao contribuinte, pois é este que justifica o próprio serviço, os funcionários o vencimento que recebem e que, por isso, que devem ser isentos e imparciais no atendimento que fazem.

Num serviço público não pode haver simpatias nem antipatias, amizades ou inimizades, conveniência ou inconveniência nem outros motivos, sejam eles de cariz social, religioso ou político.

E por falarmos de política, consta que a Senhora Aida continua, sem receio como funcionária pública, a agir, no atendimento, como se estivesse nalguma sessão do Partido Socialista.

Dizem que ocupa muito do seu tempo, ao balcão, em conversas para convencer as pessoas dos méritos do Partido Socialista e do seu marido como Presidente da Câmara.

Diz-se que por lá que essa senhora está em campanha eleitoral contínua.

A ser assim, essa funcionária retira áquele serviço público o profissionalismo, a isenção e a imparcialidade que devia ter. E não há ninguém que tome medidas? 

Os funcionários e as funcionárias da Câmara Municipal, de um modo geral, parece que não misturam o que mistura a senhora Aida.

Sempre há gente que sabe ocupar o lugar.