INAUGURAÇÕES EM SÉRIE

O Presidente Ernesto mais o Carneiro andaram a desperdiçar inaugurações.

Bem, uma tinha que ser. Vinha cá um Secretário de Estado. Mas por ter sido tudo acelerado por causa da inauguração já tiveram, os funcionários da Câmara, de andar a cimentar as tampas do saneamento na Rua Padre Américo e aquelas escadas, ainda por “calçar”, estão a ameaçar ir por ali abaixo ao” encontro” do José Clemente da Costa, instalado numa base “monumental” de granito, também ela “descalça”. O Carneiro fica com as” cunhas” para receber os cabritos e faltam as “cunhas” por baixo daqueles degraus e do maltratado José Clemente da Costa, obrigado a ver-se esquecido mais o novo canteiro. Ainda bem que, de noite, o projector, incide-lhe no olhar aliviando-lhe a vista do abandonado canteiro, também feito á pressa, para o Dia de S. Pedro.

Será que faltaram “as cunhas” ou faltou o dinheiro para os empreiteiros e as obras ficaram por acabar? As obras, mesmo por acabar, já serão da Câmara ou ainda serão dos empreiteiros? Talvez já sejam da Câmara porque o Fernando Carneiro, com os seus dons, multiplicou o dinheiro como Cristo multiplicou os pães e os peixes, operando um milagre, em segredo, de que só nós soubemos. Vocês não sabem nada!

A inauguração de obras apressadas também aconteceu no “Dia do Autarca”- naquele dia em que foi homenageado um de Gosende que, segundo pessoas da terra, na campanha eleitoral andou a arranjar votos para o Fernando Carneiro depois de ter andado a comer á custa de outra candidatura. Comeu á custa de um Partido e a trabalhou para outro. Um “troca-tintas” que já tem idade para não ser.

Assim se explica ter ido um autocarro da Câmara Municipal, a Gosende, no Dia do Autarca  trazer gente para assistir á homenagem do “Troca-Tintas”! “Tudo muito bem feito!”

 Porque não foi aquele autocarro ou outro a outras freguesias ou aldeias?

 Tendo andado a trabalhar para o Fernando Carneiro, devia ser este a pagar-lhe a medalha e o autocarro e não todos os castrenses que nada lhe deviam.

Soubemos que o Fernando Carneiro, na última reunião da Assembleia Municipal, surpreendeu toda a gente anunciando que todas as inaugurações, de todas as obras destes 4 anos, vão ser “empacotadas” até ao próximo ano para haver inaugurações na sua pré-campanha e na sua campanha eleitoral.

 Alberto João ensinou o Fernando Carneiro! Só faltam os comícios no fim das missas. Mas nisso o Fernando Carneiro já vai mais longe porque se serve de capelas e igrejas para o seu marketing político.

O que não foi inaugurado já não vai ser este ano e o que já foi será outra vez no próximo. Por isso, na vila, os comerciantes devem ter sempre uma vassourinha para manterem as ruas limpas de modo a que, quando houver as inaugurações, as obras tenham a imagem de acabadinhas de fazer. Esmerem-se e o Fernando Carneiro vos recompensará.

Nas aldeias, onde ande gado cá por fora, comprem fraldas para os animais. Tem de ser!

Depois não esqueçam de preparar ou uma merenda, ou um almoço ou um jantar para a malta toda se reunir. Vão deitando contas á vida porque se não pagarem só vocês, o prejuízo é para todos, mesmo para aqueles onde não há nada para inaugurar.

Além de não haver obras nessas aldeias desprezadas e esquecidas, a gente que lá vive não vai ter o privilégio de ver o Fernando Carneiro, a quem faltam as palavras, a tirar o papelito do bolso para encobrir a pobreza e ler umas palavras que alguém misericordiosamente lhe escreveu.

Essa gente abandonada, sem melhoramentos, ficará também privada do espectáculo que está a ser a “operação” de tirar o papelito do bolso. Então não é que o Fernando Carneiro deu em atrapalhar-se e troca os papéis!

 Não imaginam a risada que foi, há dias, com ele no palco, a meter a mão no confuso bolso e a tirar sempre o papel que não queria. Parecia enguiço! Com a atrapalhação de tirar o da ocasião, dizia ele para os seus botões e para quem estava a assistir:” político tem de trazer papel para não ficar toda a vida agarrado ao micro!”. Esta “inteligente tirada” mereceu um  irónico comentário da plateia: ”Lá está Castro Daire no seu melhor!” Esta é a opinião própria de quem exige que um Presidente da Câmara tenha as qualidades pessoais necessárias para o cargo. Infelizmente o Fernando Carneiro não as tem.

Como a imagem do Fernando Carneiro é a que é, disseram-nos que quando ele, arrogantemente, anunciou, na Assembleia Municipal, que ia inaugurar as obras todas do mandato só para o ano, mais visível tornou a sua fraqueza e parece que o riso e o sorriso foi geral, mesmo por parte dos socialistas porque toda a gente tem noção do ridículo, exceptuando o Fernando Carneiro que se presta a estas “cenas tristes” que dão para rir.

Ao contrário do Fernando Carneiro, nós aqui, nos ECOS, não discriminamos ninguém. Por isso, fica já tudo convidado para as inaugurações e para as “cenas” do Fernando Carneiro.

Mas estejam descansados porque depois vamos afixar cartazes nas tabernas, nas mercearias, nos cafés, nas portas dos currais, em todo o lado, indicando o dia e a hora das inaugurações. Pediremos para que o aviso seja feito nas missas e pedíamos também á Rádio Limite para anunciar, mas como o Carneiro tem lá o Chico na “programação”, ele mesmo se encarregará disso mais o Moita que também é diretor. Tudo em “boas mãos” e controlado como é preciso para quem tem medo da sua própria sombra. Afigura-se-lhe que há bruxas e bruxedos em todo lado! Já viram isto? E depois anda sempre desconfiado da gente!

 Não poupem nas carteiras! Não faltem com “comes” nem “bebes” em todas as inaugurações que o Fernando quer fazer. Façam tudo por essa” boa causa” que é  a  sua eleição para o 2º mandato como Presidente da Câmara, pois nós, cá nos ECOS, estamos todos empenhados para que faça o segundo mandato e depois o terceiro para cumprir a promessa que fez aos funcionários de ser Presidente da Câmara por 12 anos. Queremos muito que os funcionários vivam felizes, pois era o que faltava não ajudarmos á felicidade de tanta gente.

 Não queremos remorsos se o Fernando Carneiro perder as eleições, pois a ele devemos a existência como “ECOS” e queremos continuar a existir por muitos anos. São só 12!

Fernando Carneiro proclamou há dias: “Eu amo ser Presidente!”

E nós dizemos: “Amamos ter este Presidente!” Por isso, vamos amansá-lo e acariciá-lo como a D. Aida nos ensinar. Mas vamos fazer mais, pois todos vamos aprender a dizer como o Ernesto diz: “ O Fernando Carneiro surpreendeu-me e é o melhor Presidente que a Câmara já teve”. Façam figura de tolinhos, falem sozinhos e diga cada um para si mesmo, isto mesmo que o Ernesto anda a pregar para continuar a mandar. Andem lá! Convençam-se! O Ernesto é bom!

Vamos ver se cumpre, ao menos, esta promessa dos 12 anos porque pelas outras não cumpre! Não é que se habituou a comprometer-se e a descomprometer-se! A dizer e a desdizer! Que raio de costume que fica tão mal a um Presidente! Depois quem é que acredita nele?

Contam que Salazar, também já entradote na idade, estava agarrado á cadeira, mas caiu e foi o começo fim! Um fim que também queria mais distante como quer o Fernando Carneiro. Ás vezes há coincidências, embora agora haja essa coisa dos votos que não devia haver porque, segundo a senhora Aida, está tudo, tudo… … tão bem!

E agora beijinhos e abraços. Mas só para aquelas e para aqueles que, como nós, apoiarem o Fernando Carneiro. Os outros e as outras não têm direito a nada porque o Fernando Carneiro não quis nem quer. E como “quem manda é o Carneiro” não podemos dar abraços a todos nem beijinhos a todas.

 Com o Fernando Carneiro continua o de Bigorne a mandar. E não é só nas obras a inaugurar!