Quem anda pela rua e fala com as pessoas sabe que cresce a convicção que a Câmara está a ser mal gerida e está a ser desperdiçada uma grande oportunidade do concelho se desenvolver.
É sabido que dificilmente voltará a haver uma oportunidade como esta em que a Câmara está a receber muito dinheiro da União Europeia. Devido a essa comparticipação da União Europeia, a Câmara só paga 20% ou 15% do valor das obras com dinheiro próprio e para pagar esta pequena parcela (20%, 15%) até contraiu um empréstimo de mais de 2 milhões de Euros com juros elevados, não se comprometendo o senhor Fernando Carneiro a pagar, neste mandato, nem um cêntimo desta dívida. O contrato é assim!
“Fazer agora e pagar depois” foi a política socialista a nível nacional. Já todos estamos a sentir os seus resultados e a pagar uma pesada “factura”. Ora é essa mesma política de gastar “agora” e pagar depois que está a ser seguida pelo actual Presidente da Câmara. Vai, por isso, deixar uma má herança a quem lhe suceder, mas, sobretudo, uma má herança para todos nós e para as gerações seguintes num tempo em que não vai haver Fundos Comunitários e a possibilidade de contrair mais empréstimos é muito, mas mesmo muito reduzida porque o concelho tem de pagar as dívidas e na própria Banca o dinheiro é pouco como se sabe. Por isso, estamos a ser levados para um beco sem saída por desnorte e por irresponsabilidade política.
Mas se o dinheiro da União Europeia e os mais de 2 milhões de euros pedidos á Caixa Geral de Depósitos fossem bem utilizados não haveria razões para criticar. Mas a crítica existe e só pode ser feroz porque grande parte desse dinheiro não está a ser usado onde é necessário. Os grandes problemas vão ficar por resolver e, entretanto, esta oportunidade de desenvolver equilibradamente o concelho é perdida e o dinheiro não volta. Ficam as dívidas e os problemas maiores e mais graves.
Neste mandato não houve nem haverá obras de saneamento básico em qualquer aldeia.
Não vai ser feita qualquer nova ETAR para Castro Daire e aldeias vizinhas quando se sabe que a actual é velha, ultrapassada, pequena para a população que serve e é público que, em virtude de tudo isto, está a criar problemas ambientais no rio Paiva-
Muitas estradas a necessitar de investimento vão ficar como estão.
Os Centros Escolares que representavam um salto na qualidade de ensino no concelho e que eram a grande prioridade para o actual Presidente, tudo indica que vão ficar por fazer na totalidade ou em parte. Ficam os projectos que o senhor Fernando Carneiro mandou fazer em mais um acto de desperdício absolutamente gritante, nomeadamente, o do Centro Escolar de Parada há muito abandonado.
O Multiusos nem vai ser começado.
Fazendo um esforço, esqueçamos tudo isto e fixemo-nos em Castro Daire.
Quando era Presidente da República, Mário Soares realçou o “Direito á Indignação”. Apesar da falta de sentido democrático por parte do SR. Carneiro, o “Direito á Indignação” continua a existir. Por isso, temos conhecimento que muitos castrenses estão indignados com a inqualificável utilização que a Câmara está a dar a “rios de dinheiro”. Nuns lados podia-se poupar e fazer obras com menos custos, sem enterrar tanto granito e noutros sítios, as OBRAS NÂO DEVIAM SER FEITAS PORQUE NÃO SÃO OU NÃO ERAM NECESSÁRIAS.
Deixando de lado os exageros nos custos e o granito enterrado que revolta tanta gente que não tem acessos aceitáveis a suas casas ou ás suas aldeias, falemos do que está em curso na Rua Padre Américo e do que querem fazer na AV. Maria Alcina Fadista.
Isto merece a indignação das pessoas porque não havia qualquer justificação para intervir e gastar tanto dinheiro naquela rua atrás do tribunal. Sabemos que já aqui falámos disto, mas não podemos deixar de o fazer novamente porque os castrenses precisam de fazer eco da sua inteligência, da sua opinião e da sua revolta. E não falamos, para já, dos resultados dessa obra.
E não vale a pena a gritaria e a berraria do senhor Engº Ernesto porque não nos convence nem convenceu os castrenses que já tratou mal por causa de obras e das obras. Devia utilizar a força da razão, mas como a não tem substitui-a pela força da língua. E que língua atrevida!
Sabemos que, na Câmara, esse técnico, que devia ser só técnico, tem voz de comando e comanda ,realmente, como sabemos, aquele que foi eleito para presidir mas que não preside. Cá fora, não comanda os castrenses ainda que se calem por terem a educação que outros não têm. Mas não os convence! Cada vez convence menos. Ainda convencerá alguém esse “ILUMINADO”?
A indignação de que aqui fazemos “eco” não abranda e até cresce perante mais um atentado que se avizinha ao desenvolvimento do concelho e ao combate ás desigualdades no progresso das freguesias. Esse atentado ao interesse geral do concelho já começou com a compra de terrenos para transformar a Avenida Maria Alcina numa auto-estrada, de duas faixas em cada sentido e de separador ao meio.
Houve algum estudo sobre o número de veículos que lá passam por dia?
Houve queixas de “engarrafamentos” do trânsito? As pessoas perdem lá muito tempo na fila?
Essa auto-estrada vai ter continuidade pela vila abaixo? Onde acaba? Como acaba?
Essa auto-estrada, para cima, onde termina? Vão abaixo as Bombas da Galp e a oficina em frente?
Termina na Estrada Nacional, acima das bombas da Galp? E a Estrada Nacional, para a auto-estrada acabar bem, também vai ser transformada em auto-estrada? Até Lamego?
Já que o Presidente da Câmara não manda nada, muitos castrenses, através dos “Ecos do Paiva” dizem ao SENHOR ENGENHEIRO ERNESTO:
-TENHA DÓ DO NOSSO DINHEIRO!
- Receba o vencimento e fique em casa porque o concelho fica a ganhar.
O concelho dispensa-o e anseia vê-lo pelas costas! Alguém duvida?