Há gente que julga que faz o que lhe apetece e que nada se sabe. Mas sabe-se. E quanto mais se sabe mais se vê o “calibre” de alguns dos políticos profissionais, com “muita escola”, que temos na Câmara.
Com os casos que vêm á luz do dia mais se conclui que não temos uma Câmara do Município, mas uma Câmara de alguns. O Presidente é presidente de alguns. Quanto ao Vice-Presidente dizem que é escandaloso no favorecimento de quem lhe lambe as botas e na marginalização dos outros. Parece que tudo é calculado ao “centímetro político”.
Este modo de” fazer justiça” com o dinheiro público só pode merecer a crítica e a condenação desses “actores” que se julgam donos de um poder que não têm. Será chegada a hora em que lhe será lembrado que o poder é do povo, dado pelo povo, para o povo.
O calculismo reinante no favorecimento de uns e no afrontamento ou negação dos direitos dos outros está a ultrapassar tudo o que se podia imaginar. Por enquanto, o descontentamento é silencioso e a paz aparente. Mas cuidado com a revolta dos pacíficos e de quem voluntariamente está remetido ao silêncio.
A continuar esta humilhação e este desprezo pelos direitos de gente que sabe que os tem, não faltarão homens e mulheres a dizer BASTA!
A perseguição a certas pessoas e a certas instituições pode ser ilustrado por um caso que aconteceu recentemente e que passamos a descrever.
Uma associação do concelho pediu á Câmara uma máquina para fazer um trabalho. Depois de alguma insistência cá apareceu a máquina. O maquinista é boa pessoa e bom profissional mas a máquina já deu o que tinha a dar e não podia dar mais do que deu. Deu pouco. Com uma máquina em condições o trabalho seria feito muito mais depressa, com outro rendimento.
Contavam, naturalmente, os responsáveis da associação quando pediram esse apoio que se trataria de uma ajuda, logicamente gratuita por parte Câmara, pois se quisessem ou pudessem pagar teriam contratado uma boa máquina a quem a tivesse pagando depois a respectiva despesa.
Inesperadamente e contra todas as expectativas, passado algum tempo, a associação foi obrigada a pagar o serviço prestado pela tal fraca máquina municipal. Quantas vezes já procedeu assim a Câmara? Porque procedeu assim quanto a esta associação? Ouvimos dizer que é um caso único que teve como causa o apoio de um dirigente dessa associação a uma outra candidatura nas autárquicas e que agora foi servida a vingança, a frio, por estes falsos socialistas de espírito mesquinho e de atitudes salazarentas. Foi uma “brincadeira de pequenitos” que não têm dimensão para as cadeiras em que estão instalados.
Com esta e outras atitudes estão a espalhar os espinhos da “rosa” no seu próprio caminho.
O silêncio e a paz podre não são um bom sinal. Cuidado com os ofendidos nos seus direitos de pessoas e de instituições. Muito cuidado nestes tempos em que vão surgindo movimentos “democracia já”.
E um movimento contra estes “democratas” e contra esta “democracia” que o sr. Fernando Carneiro nos trouxe? Vamos esperar e ver. Cá estaremos para analisar, mas isto cheira a mofo, a bolor, a ranço.