Muita gente, cada vez mais, vê que a Câmara Municipal está a fazer uma má gestão. Está a exagerar nos custos de certas obras piorando a comodidade das pessoas que cá vivem e que cá vêm, ficando outras obras por fazer para desgosto e crítica do povinho.
Salta á vista as centenas de toneladas de granito polido que estão a ser enterradas nas Termas do Carvalhal e na nossa vila. São paletes, paletes e paletes de granito e de dinheiro desperdiçado. Mas o Presidente da Câmara teima em prosseguir por este caminho errado. Certamente não tem visto o que muito têm escrito os comentaristas deste blog que têm feito eco deste descontrolo na gestão e no espaço público, chamando á atenção para obras que fazem falta.
Muito se tem escrito sobre estradas esquecidas, com “ossos” á mostra, com buracos onde caberia uma rês.
Por causa de obras que alguns já chamam de “encher o olho”, não são só estradas, ruas e caminhos que ficam conforme estão, mas também nada é feito nos esgotos e no tratamento do seu destino.
Quando se tornou Presidente da Câmara, o Senhor Fernando Carneiro contava, de cabeça, as aldeias que ainda não tinham esgotos e dizia que ia deitar mãos á obra. Ora diz quem sabe, lá da casa, que o senhor Fernando Carneiro não só ainda não acabou as obras de esgotos que encontrou já a decorrerem, como ainda não começou nenhuma e dizem que já não começa no resto que lhe falta como presidente. Será assim? Diz que sim, quem está por dentro do assunto. Se assim é, estamos a andar para trás.
Mas não fazendo redes de esgotos em nenhuma aldeia, podia, ao menos, tratar das fossas que estão a espalhar a porcaria para rios e ribeiros. Em Mões está uma calamidade, com a fossa a despejar direitinha para o rio Paiva! E depois bebemos a água que sai na Soalheira já bem “condimentada”. Mas disto o povo não sabe ou não se lembra! E isto não dá votos! Nem tira votos porque isto do rio e da água que consumimos tem pouca importância. E o meio ambiente, que valor tem?
Na semana passada Castro Daire foi assunto de primeira página de um jornal e motivo de preocupação e intervenção de algumas organizações ambientais e políticas nacionais que vieram denunciar as consequências do estado lastimável em que se encontra a fossa da Ponte Pedrinha que recebe os esgotos da vila.
Quem vive e quem passa na Ponte Pedrinha já sabia que de lá vinha um cheirete difícil de aguentar, embora isso não fosse referido na notícia. Os “sinos tocaram” porque essas entidades que se importam por estas coisas do ambiente estão alarmadas com os prejuízos que a fossa da Ponte Pedrinha está a provocar no Rio Paiva, o nosso Paiva, aquele que já foi o rio menos poluído da Europa, mas que está a caminho de ser daqueles de águas turvas e mal cheirosas. E o peixe? O Clube de Pesca não viu? Ou já nem há pesca?
Como castrenses gostávamos que Castro Daire não fosse assunto de notícia por tão mau motivo, mas que, ao menos, seja um alerta para os responsáveis camarários terem noção do problema que está na Ponte Pedrinha que, segundo esse jornal, até já deu origem a uma multa por parte do Ministério do Ambiente.
Pelo seu formato e função, este “ Penico de Castro Daire” já deve ser pequeno para tanta gente e já está tão roto que o nosso Paiva é que paga. Safamo-nos de beber a água com aquela dose porque a Soalheira está mais acima. Os de mais abaixo é que não se livram de levar com aquela “mostarda”. Nós não nos safamos é da “mostarda” de Mões que, segundo dizem, é em quantidade. Aconselhamos a Câmara a promover um passeio pedestre para aquelas bandas para vermos se o cenário é mesmo o que algumas pessoas descrevem. Dizem que “aquilo” é um “espectáculo digno” de se ver e de se cheirar. Tratem lá desse passeio e digam a data, a hora e o local de partida porque também queremos ir como já fomos a outros.
Ainda bem que há um Ministério do Ambiente, um Partido dos Verdes e um movimento SOS Rio Paiva. É mesmo preciso lançar um SOS pelo nosso rio, que era famoso pela excelente qualidade das suas águas e das suas trutas.
Mas isto não deve ser preocupante para os nossos camarários. O que interessa é continuar a “assassinar” o concelho com ruas transformadas em carreiros, com menos lugares de estacionamento para as pessoas não pararem cá.
Já não há uma associação de comerciantes que levante a voz contra esta facada no comércio? Quem a dirige? A que se deve o seu silêncio? Desinteresse? Interesse?
No meio deste pagode, continuamos a assistir ao “cortejo fúnebre” do dinheiro do concelho e ao “enterro” de centenas de toneladas de granito polido para felicidade de SUA EXCELÊNCIA O SENHOR ENGENHEIRO ERNESTO e de SUA EXCELÊNCIA O SENHOR FERNANDO CARNEIRO.
Enquanto eles se mostram contentes e felizes, a gente lúcida anda preocupada e, sobretudo, triste e crítica com tanto desgoverno e com a morte lenta desta terra. Que o Engenheiro Ernesto ande feliz e vaidoso com estes feitos, compreende-se porque queria ser presidente da Câmara de Lamego mas foi corrido e ESTÁ A FAZER CÁ O QUE GOSTAVA DE FAZER LÁ, mas os de Lamego abriram os olhos a tempo. Mas o Fernando Carneiro a fazer isto já não se compreende. Pode ser o Ernesto a obrigá-lo e ele, com a sua conhecida incompetência presidencial, não tem senão de vergar-se e sujeitar-se ao que o engenheiro quer. Mas quem vai ser julgado não é o Ernesto, mas o Fernando que deve estar esquecido disto como de outras coisas.
O que se ouve é que o Ernesto está “nas suas sete quintas”!
Já se sabe quem manda.
Até quando?