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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

POVOAÇÕES PAGAM FACTURA DE CASTRO DAIRE


Já aqui abordamos as obras da Vila de Castro Daire que continuam por acabar e em que o senhor Fernando Carneiro ainda não”tocou, concluído que está praticamente o seu primeiro ano de mandato. Esperamos que no balanço dos primeiros 365 dias, esses trabalhos estejam finalmente concluídos. Através do site da Câmara Municipal soubemos que haverá obras na vila, na Rua Padre Américo e na Rua Pio de Figueiredo. Justificam-se na Rua Pio de Figueiredo, mas não na Rua Padre Américo. Tal como está, gastar dinheiro na Rua Padre Américo é um desperdício. O piso está bom e os passeios também. Assim estivessem a Circunvalação e a Avenida Maria Alcina – Fadista onde nem há passeios e a iluminação não é própria para entradas numa vila. E se olharmos para a Avenida do Liceu vêem-se o piso e os passeios em muito mau estado, isto sim a precisar de obras.

Ouve-se dizer que as obras da vila, ainda por acabar, podiam ter ficado muito mais baratas se não houvesse exageros. Esse dinheiro, mal gasto, faz falta nas povoações. Fala-se em esgotos e estradas em mau estado nas aldeias. A gente de Almofala ou quem lá for, sabe do que falamos e haverá outras estradas nas mesmas condições. Quem vive em aldeias sem esgotos, sem água suficiente no Verão, com ruas e estradas a precisarem de melhoramentos considerará um luxo estragar o que está na Rua Padre Américo e dirá que a Câmara está cheia de dinheiro tanto é o desperdício.

Mas as obras na vila não ficarão por aqui pelo que consta. Fala-se de um parque urbano que não se sabe bem o que é, mas sabe-se que mais e mais dinheiro a gastar em Castro Daire. E já foi tanto!

Há locais em que se faz o desnecessário e outros em que não se faz o indispensável. Com isso sacrificam-se as pessoas que esperam sem saber até quando.

Mas as pessoas das aldeias não pagam também impostos?

E ainda têm de pagar a “factura” pelas obras da vila de Castro Daire porque o dinheiro não estica?

Julgávamos que haveria mais moderação nos gastos na vila e que seria dada mais atenção ás povoações pelo que têm sofrido devido a grandes obras na sede do concelho . Mas, infelizmente, parece que a cartilha é a mesma .

Admira-nos a atitude do senhor Presidente da Câmara ,que foi tão crítico das obras na vila e agora está a ir pelos mesmos carris. Ou aquilo que era mau “ontem” passou a ser bom “hoje”?

O senhor Presidente da Câmara, no nº 2 da Revista Municipal, falava na necessidade de “fazer muito com pouco”. Pelo caminho que está a seguir vai “fazer pouco com muito”.

Deviam atender primeiro ao que é mesmo preciso.

A rua Padre Américo não é uma urgência. Há urgências que já referimos e haverá outras que desconhecemos , mas que o responsável máximo do concelho não pode desconhecer. E não desconhecendo devia ser rigoroso na definição do que faz prioritariamente. É preciso decidir bem para que haja equilíbrio no desenvolvimento e não tenhamos um concelho a andar a 2 ou 3 velocidades. Não se lembram de todos quando há eleições? E agora esquecem os que estão mais longe e mais isolados só porque as obras na vila dão mais nas vistas?Abram os olhos para todos e para todos os lados. Ou há ´”filhos” e enteados? Se há ,não devia haver .